terça-feira, 25 de junho de 2013

Conferência de Educação em Marabá: resultados positivos


Mesa de abertura com as autoridades e palestrantes

 Bastante movimentados, os dois dias de realização da 4ª Conferência Municipal de Educação, no plenário da Câmara Municipal reservaram momentos marcantes para as dezenas de delegados que representavam os diversos grupos presentes a essa importante rodada de debates. O evento foi aberto na quinta (20), com representações culturais folclóricas, passando-se na sequência à ritualística cívica com execução dos hinos nacional e do município e apresentação da mesa composta por autoridades e palestrantes. No primeiro dia de Conferência, falaram ao público: O professor Carlos Augusto Abicalil, membro do Conselho Consultivo da Confederação de Educadores Americanos, Walisson Maurício de Pinho Araújo, Coordenador Geral de Apoio à Gestão Democrática do MEC e a professora Drª em História, Idelma Santiago da UFPA.
Em sua fala, o secretário Luiz Bressan afirmou que “embora existissem tantos problemas e desafios a serem superados, a realização da Conferência, já era uma vitória, pois trata-se do espaço legitimo de discussão com  toda a sociedade de questões importantes para a educação”.
Ele afirmou que “os debates travados nos dois dias irão resumir o que se espera, enquanto “metas” da educação brasileira para os próximos anos”. Bressan lembrou que “o texto do Plano Municipal de Educação seria distribuído para que os delegados presentes pudessem debatê-lo, avançando, refletindo e chegando ao consenso”, concluiu.

Para o secretário, o momento é de avançar no debate de educação. Foram elencadas por ele, entre outras demandas prioritárias para o governo João Salame Neto, a construção de escolas e a regularização da educação municipal junto ao MEC, com a retomada de todas as obras do (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Escola) FNDE, que hoje está orçado em R$ 50 milhões no município.
Após as primeiras falas das autoridades, com o consentimento do prefeito João Salame, aconteceram protestos dos sindicalistas ligados ao Sintepp, que adentraram o recinto com faixas onde se manifestavam com base nas pautas de reivindicações referentes ao pagamento retroativo do interstício e do piso salarial nacional em duas parcelas. Os manifestantes usaram a palavra, foram ouvidos e depois dos protestos, a programação seguiu normalmente.

Para  o conferencista,Walisson Maurício de Pinho Araújo do MEC, as manifestações feitas pelo Sintepp, no plenário da Câmara foram legítimas, o Coordenador, ao citar Paulo Freire, deixou um recado aos educadores presentes, dizendo: ”ai daquele que parar com a sua capacidade de sonhar, de inventar a coragem de denunciar e anunciar”, se referindo à busca por uma educação melhor através dos diversos meios.
Ao tratar da Conferência, Walisson afirmou que nas “últimas décadas houve resistência à construção de um “plano Nacional de educação” pelas mais diferentes razões. Sobretudo pelo temor de que um sistema de âmbito nacional pudesse representar um uma maior intervenção por parte do estado na discussão. Ele ainda elenca os regimes ditatoriais, que ao longo do tempo interromperam as políticas de continuidade para o setor”, como outro ponto para justificar a resistência.
Carlos Augusto Abicalil, em sua fala inicial, ressaltou a participação mais ampla de todos os setores interessados no debate da educação e pioneirismo da prefeitura ao assumir  um perfil democrático de gestão, que agrega tantos atores importantes nesse momento histórico.

O conferencista fez destaques sobre o que chamou de “participação igualitária do ponto de vista do gênero”, se referindo à maciça presença feminina na mesa diretora. Antes de agradecer o convite do prefeito João Salame Neto e do secretário Luiz Bressan, Abicalil falou sobre “os grandes desafios que se colocam frente à gestão municipal, como o vertiginoso crescimento da população local, o que aumenta o ônus para o administrador público, principalmente no que diz respeito à educação”, afirmou.
A professora, Idelma Santiago, que conduziu a palestra sobre Educação no Campo, falou dos desafios que o setor enfrenta. Ela fez críticas ao Governo Federal e suas políticas voltadas para o campo,afirmando que “aconteceram avanços no âmbito da legislação, mas em contrapartida, muitas escolas rurais foram fechadas”. Idelma Santiago considerou que estudos apontam para um tratamento diferenciado quando o assunto é Educação no Campo, coocando esta clientela em desvantagem segundo ela. A palestrante respondeu as perguntas e tirou dúvidas dos educadores.  
A partir das 15h30 tiveram início as Discussões do Grupos de Trabalho em torno dos eixos temáticos da Conferência, o que se deu na escola Artur Guerra, na agrópolis do Incra.
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Resultados
No último dia, foram escolhidos pelos próprios pares, 57 delegados que representarão o município na futura Conferência Estadual de Educação. Tudo aconteceu em meio a um processo amplamente democrático, de acordo com aquilo que reza o documento da CONAE (Conferência Nacional de Educação).  


Foto e texto: André Vianello ASCOM/SEMED


2 comentários:

  1. É extremamente importante que se tenha, nas redes sociais, um instrumento de divulgação das ações importantes que influenciam na construção de políticas para a educação, de forma coletiva e participativa. Sem dúvida, ações como a Conferencia, resultarão na melhoria do ensino nos municípios. Parabéns, Damião, por estar sensível às questões da educação, e fazer do seu blog não somente um espaço para críticas, mas também para contribuir com a construção de uma educação digna para todos. Um abraço.

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  2. Obrigado professora Flor o seu comentário nos estimula a continuar nesta trincheira na defesa da educação. Temos nos esforçado para colaborar com André...

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