sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Instituto seleciona projetos com iniciativas socioambientais


O Instituto Sabin lança edital para selecionar parceiros. Para participar, a entidade precisa apresentar iniciativas inovadoras de empreendedorismo e ações socioambientais. A intenção é montar uma rede de fornecedores para o Grupo Sabin que adotem práticas sustentáveis.
"Este projeto surgiu da intenção de fortalecermos cooperativas e entidades sociais que já possuem bons produtos e capacidade para produzir em escala e, ao mesmo tempo, ampliar o portfólio de produtos que o Grupo Sabin pode ofertar", explica o gerente executivo do Instituto Sabin, Fábio Deboni.
Podem participar da seleção entidades privadas com ou sem fins lucrativos; universidades públicas e privadas e fundações; institutos e fundações familiares independentes ou empresariais; cooperativas e associações comunitárias.
As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de fevereiro de 2015. O edital tem abrangência nacional e pode ser acessado no site do Instituto Sabin –www.institutosabin.org.br.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Matrículas na Escola Família Agrícola de Marabá seguem até dia 19


Ueslei - matrículas da EFA seguem até o dia 19
O calendário de matrículas da Escola Família Agrícola, de Marabá, deverá ser flexibilizado, se estendendo até o próximo dia 19, afirma o professor Ueslei Nascimento da Coordenadoria de Educação do Campo da Semed.
Ele explica ainda que os estudantes que se matricularem para ano letivo de 2015 devem preencher o mesmo critério daqueles que ingressaram no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), isto é, devem ter pelo menos 15 anos completos.
A escola Família Agrícola (EFA), que fica no km 23 da Rodovia Transamazônica, sentido Itupiranga, é uma instituição pública da Rede Municipal de Ensino que funciona em tempo integral com Pedagogia da Alternância.
Na sede da EFA são atendidos alunos que pertencem à Educação do Campo, que funciona na zona rural do município. A EFA é ainda a única escola rural que seguirá o calendário de matrículas previsto para a zona urbana, que é de 5 a 9 de janeiro de 2015, contudo, devido às peculiaridades do público e às distâncias a serem percorridas por muitos dos alunos, o prazo acabará sendo prorrogado (Texto e foto: André Vianello/Ascom-SEMED, editado pelo blog)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A relação da educação com os valores morais[*]


Damião Solidade dos Santos[*]

Para o professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) o filósofo Pedro Laudinor Goergen (2005) o tema sobre os valores morais na sociedade contemporânea tem ganhado grande relevância principalmente nos discursos. Na escola, por exemplo: “a ética ocupa um lugar bastante singelo, muita vezes restrito a recortes disciplinar, ou quando muito, a uma atividade transversal.” (p. 985). E diz mais “a preocupação ética tornou-se universal e está presente em todos os âmbitos da vida humana”. (p. 984).

O grande desafio é o exercício prático de valores morais, em outros aspectos a dificuldade é grande, neste é muito maior. A questão ética está presente em várias dimensões do ser humano, do individual ao coletivo (vida social e comunitária). Desde cedo entramos em processos formativos, na família, na escola, na igreja (estas as instituições mais tradicionais), mas hoje no mundo contemporâneo existem outras comunidades ou grupos que também trabalha a formação moral.

Vamos caminhar rumo ao que nos propomos pontuar para Goergen (2005, p. 990) “A relação entre moral e educação ou, ao nível teórico, a relação entre ética e pedagogia vem sendo tematizada desde os primórdios de nossa cultura.” Neste sentido o/a educador/a orienta, estimula “O educador não atua nem como exemplo nem como autoridade, mas como aquele que ajuda o educando a agir segundo a idéia de virtude (Bem) que se encontra em seu interior.”

É importante levarmos em conta os sentidos/significados que o termo valor tem. Diante dos diversos conceitos sobre valor Goergen (2005, p. 989) usa como “princípios consensuados, dignos de servirem de orientação para as decisões e comportamentos éticos das pessoas que busca uma vida digna, respeitosa e solidária numa sociedade justa e democrática”. Considerando este conceito os valores vão colaborar para uma vida com dignidade e respeitos entre as pessoas e num ambiente de justiça e democracia.

Considerando Goergen (2005, p. 1005) “A formação moral é um processo complexo que abriga diversos aspectos, desde a incorporação das convenções sociais até a formação da consciência moral autônoma. As formas de aquisição de tais requisitos incluem a reflexão e as atitudes pessoais até os sentimentos e comportamentos que são estimulados pela educação formal ou informal, também pela simbiose ou mimese cultural. A educação moral entendida como o conjunto de todos estes movimentos, é um processo de construção sócio-cultural da personalidade ou do sujeito moral.” A educação tem papel estimular o/a aluno/a assumir o próprio processo de valoração. O próprio educando é responsável pela construção do sujeito moral levando em conta as dimensões: individual e coletiva em busca de uma vida consciente, livre e responsável. O ser humano por sua própria condição humana vive e age em situação social, ou seja, em sociedade.

Dia 7 de janeiro de 2015 (quarta-feira) será marcado pelo atentado ao jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris capital francesa. Homens armados matam doze pessoas (cinco cartunistas, três jornalistas e dois policiais). Posteriormente a polícia consegue matar três supostos terroristas ligados ao grupo Al Qaeda no Iêmen, morreram dois reféns. Desencadeia uma série de manifestações “Je suis Charlie” eu sou Charlie, ocorreram ataque às mesquitas dos mulçumanos, e a guerra continua.

O referido atentado põe em pauta o debate que envolve importantes valores em questão na nossa sociedade como, por exemplo: "direito a liberdade de imprensa", “crença religiosa”. O não respeito do direito do outro, nos coloca em guerra e o agravamento das relações com os mulçumanos.

Precisamos olhar os dois lados: como exercer o meu direito de expressão sem ofender o direito de crença religiosa do outro? Da outra banda de maneira inversa como praticar minha religião sem assassinar a liberdade do outro? De maneira que nos coloca o desafio de como nos tornarmos mais humano, podem contribuir nesta tarefa à família, a escola e as igrejas ou organizações religiosas.

Referências
GOERGEN, P. L. Educação e valores no mundo contemporâneo. Educação e Sociedade. Campinas, vol. 26, n. 92, p. 983 – 1011, Especial Out. 2005.




[*]Pedagogo com atuação na Escola Família Agrícola Prof. Jean Hébette (EFA) e na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ), Marabá - PA. dsolidade@bol.com.br

Publicado originalmente no Jornal Opinião, Marabá– Pará, 13 e 14 de janeiro de 2015, Edição: 2553,  p. 2.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A Escola como mediadora entre os conhecimentos: empírico e científico[*]



Damião Solidade dos Santos[†]

Para a professora e pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Acacia Zeneida Kuenzer (2003) se faz necessário o estudo mais aprofundado da categoria competência, que tem várias conexões de acordo com o modo de produção. Na acumulação flexível, por exemplo, pode ser entendida como a capacidade de domínio de conhecimentos para enfrentar situações (eventos) não previstas.

Vale ressaltar que no modo de produção rígido taylorista/fordista há uma supremacia do conhecimento tácito sobre o conhecimento científico, tendo a experiência, a memorização, a repetição como características predominantes.

Podemos dizer que estamos vivendo uma transição da eletromecânica para microeletrônica, ou seja, do rígido para flexível. Este processo tem se dado por incorporação e colaborações entre si, e não por eliminação. Mesmo assim é possível constatar a intensificação e precarização do trabalho, considerando que a concepção capitalista é pautada na competitividade e lucratividade.

No contexto atual a Escola cumpre uma função mediadora entre o conhecimento científico e conhecimento empírico, na perspectiva de proporcionar a formação do/a trabalhador/a no mundo do trabalho com conhecimentos científicos, tecnológicos e sóciohistóricos em vista de uma sociedade, sobre bases mais justas e igualitárias. Para Kuenzer (2003, p. 50) “ao invés de profissionais rígidos, competentes nos fazeres que se repetem através da memorização, há que se formar profissionais flexíveis, que acompanham as mudanças tecnológicas decorrentes da dinamicidade da produção científica-tecnológica contemporânea".

Para Kuenzer e Rodrigues de Lima (2013, p. 524) “os processos investigativos que temos desenvolvido, até o presente momento, apontam para uma consistente relação entre formas de organização e gestão do trabalho, conhecimento e inclusão, reforçando o caráter mediador da escola no processo de apropriação, ao nível de consciência, de princípios e fundamentos científicos, embora estes estejam presentes nas práticas laborais.”

Na pedagogia da alternância utilizada nos Centros Familiares de Formação por Alternância (CEFFA´s), esta integração do conhecimento científico com conhecimento empírico é conduzida por um instrumento pedagógico denominado de Plano de Estudo como bem define Kuenzer e Rodrigues de Lima (2013, p. 528) “(...) como um trabalho participativo, no qual o jovem desenvolve um plano de pesquisa, elabora um roteiro de observação e produz uma reflexão. Assim, o jovem articula os saberes pessoais, de sua família e do seu meio sócio profissional como saberes tecnocientíficos”.

Conforme um documento da União Nacional das Escolas Famílias Agrícolas do Brasil (UNEFAB) o “Plano de Estudo é o principal instrumento pedagógico na articulação entre os conhecimentos empíricos e teóricos, trabalho e estudo. Ele é um caminho de mão-dupla, uma que traz os conhecimentos da cultura popular para o CEFFA e outra é responsável de levar para vida cotidiana as reflexões aprofundadas na Escola”.

Lançamos mãos de alguns dizeres: “a vida ensina mais que a Escola”, muitas pessoas adquirem conhecimentos sem ao menos ter freqüentado a um estabelecimento de ensino, ou às vezes ter freqüentado por pouco tempo. As mudanças políticas, sociais, culturais e econômicas na sociedade contemporânea exigem um conhecimento mais complexo de maneira que uma formação escolar é indispensável e necessária. Outro “ensinar para vida” aqui reside o grande desafio da Escola que seu currículo esteja incluídos conhecimentos que sejam úteis para a vida cotidiana das pessoas.

A presidenta Dilma Rousseff por ocasião da sua posse do segundo mandato tem declarado a Educação como prioridade e cunhou o seguinte lema: Brasil: Pátria educadora. Neste sentido, temos muitos desafios pela frente o maior pode ser sintetizado na implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), sobretudo na meta referente ao Piso Salarial Nacional do Magistério que em 2015 será de R$ 1.917,78 “valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE”. A valorização do/a educador/a é uma questão importante para o fortalecimento da Escola em vista da sonhada educação pública e de qualidade. Avante rumo à Pátria educadora.

Referências
KUENZER, A. Z. As relações entre conhecimento tácito e conhecimento científico a partir da base microeletrônica: primeiras aproximações. Educar, Curitiba, Especial, p. 43 -69.  2003 Editora UFPR.
KUENZER, A. Z.; RODRIGUES DE LIMA, H. As relações entre o mundo do trabalho e a escola: a alternância como possibilidades de integração. Educação, UFSM: Santa Maria, v. 38, n. 3, p. 523 -536, set./dez. 2013.



[*]Publicado originalmente no Jornal Opinião, Marabá– Pará, 8 e 9 de janeiro de 2015, Edição: 2551,  p. 2.

[†]Pedagogo com atuação na Escola Família Agrícola Prof. Jean Hébette (EFA) e na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ), Marabá - PA. dsolidade@bol.com.br

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Engenheiro agrônomo Paulo Pedroso novo presidente da Emater


Presidente da EMATER Pedroso
O engenheiro agrônomo Paulo Amazonas Pedroso foi anunciado na manhã desta terça-feira, 30, em coletiva concedida pelo governador Simão Jatene, como o novo presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Atualmente o órgão estadual, que está presente nos 144 municípios paraenses, registra a marca anual de 176 mil atendimentos a famílias agricultoras e tem um corpo técnico de mais de 1,2 mil funcionários. 
Formado pela Faculdade de Ciências Agrárias (Fcap), atual Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Pedroso é servidor da Emater desde 2008, ocupando o posto de diretor técnico da instituição desde julho deste ano. Antes passou pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), onde esteve à frente da Diretoria de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal de 2011 a julho de 2014. Também foi gerente da Unidade Regional do Sebrae em Capanema até 2007.
“Vamos dar prosseguimento ao apoio à agricultura familiar, que responde por 80% da produção do estado. Vamos dinamizar a assistência técnica ao nosso público alvo, sempre em consonância com os governos estadual e federal e ainda com a Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap)”, afirma o novo gestor, que sucede o também engenheiro agrônomo e servidor da instituição Humberto Balbi Reale Filho.
A Emater encerra o quadriênio 2011/2014, alcançando números inéditos na extensão rural pública do Estado. Mais de 610 mil famílias atendidas por meio dos programas: Campo Cidadão, Pará Florestal, Pesca e Aquicultura, Igualdade Étnico-Racial e Social, Modernização do Setor Agropecuário. Só em 2014 os atendimentos as famílias chegaram a quase 130 mil. No período o investimento em máquinas e equipamentos na Empresa superou os R$ 9 milhões, como parte da modernização da empresa.
O quadriênio também foi marcado pelo benefício de políticas públicas às famílias agricultoras como o crédito rural por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com a elaboração de 71 mil e 44 projetos, ultrapassando os R$ 782 milhões, aprimorando os sistemas produtivos por meio de novas tecnologias de produção.
Texto: Paula Portilho
Fonte: ASCOM/EMATER
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